home page do Japão – abril 2018

Fui registrando neste blog umas histórias que conto para mim mesma, para poder lembrar, tempos depois, dos lugares que visitei, das minhas impressões e do que senti. Se, no futuro, ficar difícil recordar, muita coisa virou bit aqui e depois vira lembrança. Vou gerando conteúdo para minha memória auxiliar. 😊

Não tive a pretensão de fazer um blog de viagens, sou uma turista comum e vou guardando minhas observações pessoais sobre o que chama a minha atenção. Anotações simples.

Fico contente quando ouço falar de cidades onde estive e posso “voltar” a elas relendo o que escrevi, à época. Tenho uma sensação boa de recuperar minhas lembranças e, ao mesmo tempo, saber como eu era, como via o mundo e como mudamos os dois, o mundo e eu.

Muitas das novidades vistas por aí perdem, rapidamente, a validade. Dias ou meses depois, tornam-se globalmente conhecidas e viram coisas comuns, corriqueiras. A estranheza quanto aos costumes e cultura, idem. Deixam de ser diferentes porque o mundo, com os recursos atuais, é um ovinho e podemos viver virtualmente onde quisermos. Não há mais novidade, segredo ou surpresa. O blog vai servir para anotar alguns dos meus instantes vividos. E nele, como nas viagens, as escolhas são difíceis. Se fosse escrever sobre tudo que me chamou atenção e postar todas as fotos que eu queria, terminaria fazendo um tratado.

Uma viagem começa antes de chegarmos ao destino, quando definimos o roteiro. Sempre quando termino de fazê-lo, a internet já me levou a passear pelas ruas onde vou me hospedar, já me mostrou as acomodações, pontos turísticos, restaurantes, lojas, etc. É como se eu já tivesse feito a viagem.

Aí vem a pergunta: para que vou percorrer distâncias e gastar dinheiro para ir a um lugar que já tenho a sensação de conhecer? A resposta é: só indo para saber. E, quando se chega lá, somos recompensados com emoções que não podemos sentir no mundo virtual. O cheiro e cores dos lugares, o gosto da comida e bebida, a vibração das pessoas, o vento, a chuva; nada disso se pode sentir no mundo virtual. Ainda. Arrisco dizer. A tecnologia poderá nos surpreender em minutos. 😎

Gosto de pensar que estes relatos terão utilidade. Um pouco de mim ficará neles. E as viagens poderão ser revividas. É surpreendente o tanto que esquecemos. As fotos e os relatos, nos ajudam a lembrar dos detalhes de uma maravilhosa viagem feita há muito.

Estes relatos são da fase da minha vida pós 50 anos de idade.

Não sendo um blog de viagem, não pretendo detalhar aspectos práticos tais como escolher destinos, indicar hotéis, etc. Para isso, há muitos outros blogs, profissionais e de utilidade, aos quais recorro depois de saber para onde quero ir. Neles, obtenho informações pertinentes para montar o roteiro e o resto é consequência. Mas tenho algumas planilhas e dicas que posso compartilhar com quem pedir.

Prefiro viajar eu mesma organizando tudo. Fantasio que comprar de uma agência seria mais fácil e acabo concluindo que não. Gostaria de viajar com um grupo de amigos que tivesse meu jeito de andar pelo mundo mas poucas vezes consegui. É difícil coincidir um calendário e orçamento que sirva para mais de 4 pessoas. Mas que eu ia gostar, ah, ia muito. Desta vez, só consegui montar um grupo de 2 pessoas: eu e meu marido. 😉

Conhecer o Japão era um plano antigo que tinha a ver com cerejeiras, gueixas, onsen ( águas termais usufruídas como se veio ao mundo, pelado, pelado e acompanhado 😛) Tinha a ver com vulcões e o com o jeito japonês de ser, de se vestir e se divertir. Com a comida, com kimonos e tatames. Com o desejo de ver ao vivo aspectos da milenar cultura deles.

Foi difícil escolher um roteiro que coubesse em 30 dias. O Japão parece pequeno, aquela manchinha pequena no mapa, mas as opções são muitas, de norte a sul. Decidi explorar uma parte do centro do país, me enganando que haverá uma próxima vez para conhecer os lugares que tive que preterir.

O tempo foi distribuído entre Tokyo, Kyoto, Magome e Tsumago ( um trecho da rota Nakasendo ), Kanazawa, Shirikawa-go, Takayma, Matsumoto e outra vez Tokyo.


Li muitos blogs antes de montar o roteiro e alguns livros de ficção e história. Indico 2. “A tale for the time being”, de Ruth Ozeki. A personagem é uma adolescente de Tokyo que revela um lado bizarro de lá. E “Inventing Japan – 1853 a 1964”, de Ian Buruma, para ajudar a me inteirar sobre um pouco da história recente do país. Não ousei me aventurar além.

A estrutura do blog não permite que a ordem em que os posts aparecem seja equivalente à ordem cronológica da viagem. O primeiro a ser postado é o último a aparecer na lista dos posts. Numerei para poder facilitar a compreensão da sequencia da viagem.

Passemos, então, ao post 1, “Indo ao Japão”.


1 – Indo pro Japão

A viagem desde o Rio foi longa, cerca de 28 horas de tempo de aeroporto e voos na classe econômica, mas sem excesso de cansaço. Chega-se em Narita ainda com ânimo para pegar o trem até Tokyo e encarar mais uma hora e meia de trajeto. A aventura começa já na hora de sacar dinheiro…

2 – Tokyo – Muito passeio e muito jetlag, no primeiro dia 😄

Mercado de peixes Tsujiki Templo Hongan-jo Parque Yoyogi Templo Meiji Saímos do hotel de madrugada, comemorando que graças ao jetlag ia ser possível ver o famoso leilão de atum. Chegamos lá na hora certa mas o dia estava errado, era feriado e demos com a cara na porta. Perdemos o leilão mas ganhamos um passeio…

4 – Tokyo: Parque Ueno.

Este foi o primeiro parque público da cidade, aberto em 1873. Um amplo espaço com galeria de arte, museus, universidades, templos e um zoológico. Nesta época, é muito frequentado por causa da  sakura ( floração das cerejeiras ). O costume local é fazer piqueniques sob as árvores. É considerado o coração cultural da cidade. Tem…

5 – Tokyo – Por fim, as cerejeiras.

A ida ao Palácio Imperial me fez encontrar uma região com um pouco do espetáculo que é a época de floração das cerejeiras. A Sakura, nome da floração, acontece no início da primavera. Este ano, 2018, ela se antecipou e quem chegou na primeira semana de abril já pegou o final. Há sites que divulgam…

6 – Tokyo – Passeando por Yanesen

Saindo do Parque Ueno, fomos em busca de um bairro conhecido por ser um local atípico, em Tóquio. Sem arranha- céus, sem cartazes em neon, sem karaokê, sem jovens executivos nos seus uniformes calça preta-camisa branca-de-manga comprida. Uma área frequentada e habitada pela gente das artes, por quem busca um estilo de vida simples e…

7 – Tokyo -Akihabara, Maid Café e Origami

Hoje é dia de ver onde os japoneses dão vazão a algumas das suas muitas paixões. Pegar o metrô em Tokyo é uma diversão. Comprar o ticket, ver o vai-e-vem das pessoas ( o melhor 😎), as lojas, a estação e suas placas, banheiros e os vagões. Não parece mas é um desafio bom de…

8 – Tokyo – Ginza, um bairro chic

Bairro abarrotado de lojas super bonitas e chiques. Há lojas de muitas marcas famosas, outras nem tanto mas igualmente bacanas. O que há de roupas mais tchan a gente vê por lá. Prédios inteiros abarrotados de lojas. Quem compra tanto? O templo dos cosméticos e tratamentos de beleza é um prédio tão alto que não…

9 – Kyoto

Quioto foi fundada no século I, sendo substituída por Tokyo, como capital do império, em 1868. Com cerca de 1.5 milhões de habitantes, é muito fácil se locomover por lá e entender o espaço urbano. É linda e misteriosa. Muito preservada porque escapou dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Ficamos 9 dias por lá e…

10 – A trilha entre Magome e Tsumago

Li e vi fotos de Magome e Tsumago quando estava montando o roteiro da viagem mas não tinha ideia do quanto iria ser positivamente surpreendida. Elas não chegam a ser nem pequenas cidades, são vilarejos, chamados de juku e eram pontos de paragem da rota Nakasendo, uma das 5 rotas comerciais que havia no período…

11 – Kanazawa

Por que ir a Kanazawa, lá no oeste do país, às margens do Mar do Japão? Acreditei que ter sido inaugurada uma estação do Shinkansen, em março de 2015, era uma dica de que muita gente estava indo para lá. Os tais bons blogs me disseram que valia a pena por causa: Gastronomia em alta…

12 – Shirakawa-go

Shirakawa-go é um vilarejo de 1.600 habitantes, com mais de 500 anos de idade, classificado como Patrimônio da Humanidade por causa das suas casas de madeira com teto de palha. Elas sobreviveram a terremotos e guerras.O nome do teto é Gassho-zukuri e quer dizer “de mãos postas”, em referência à forma do mesmo. Chegamos até…

13 – Takayama: o Japão das antigas.

Para nós, Takayama foi a cidade perfeita para estar no meio da viagem. Localizada nos Alpes Japoneses, 3 cordilheiras de montanhas a mais de 3 mil metros de altura, situadas no centro do país, de quem nunca tinha ouvido falar, até começar a montar o roteiro de viagem. Pequena, com apenas 90 mil habitantes, é…

14 – Indo a um Onsen

Hoje foi dia de experimentar os famosos banhos em águas termais dos Alpes Japoneses. Os banhos de água quente em fontes naturais – os Onsen – são parte da tradição japonesa. Nos arredores de Takayama, subindo as montanhas, há ótimas vilas com lugares onde se pode ir a estes banhos. Uma experiência que não se…

15 – Matsumoto

Uma cidade de onde se pode ver os picos nevados dos Alpes Japoneses, mesmo na primavera, e ficar hipnotizado com a beleza do seu Castelo de cinco séculos. Matsumoto entrou no meu roteiro por causa da artista Yayoi Kusama, que nasceu lá e cuja obra me deixa extasiada. Conto, em seguida, como tive sorte em…

16 – Voltando a Tokyo: Shinjuku

Programamos começar e encerrar a viagem, em Tokyo. Na ida, ficamos em Shibuya e na volta, em Shinjuku. Shinjuku é praticamente uma cidade, tem perto de 350 mil habitantes, é um importante centro comercial, abriga a mais movimentada estação de trem do mundo e a sede do governo metropolitano de Tokyo está lá. Um bairro…

17 – Curiosidades japonesas

As garagens para bicicletas, na estação de Tokyo, são totalmente automatizadas. Basta deixar na porta de um elevador e pronto, o resto está feito. Na volta, é só passar um cartão e sua bicleta aparece outra vez, na porta onde foi deixada. O iogurte não gruda na tampa. Fim da lambida. Uma pena 🥺 Cadeirinha…

18 – Comes e bebes japoneses

Foto 1 e 2 –  OKONOMIYAKI, um prato originalmente de Hiroshima, feito com várias camadas de repolho, porco, carne, camarão, polvo e com um molho delicioso por cima. O restaurante tem mesas com chapa aquecida para o preparo  da iguaria. O lugar tinha uma decoração bem interessante e frequência, idem. Foto 3 – Camarão grandão,…

19 – Pessoas do Japão

As pessoas aqui retratadas contam com meu respeito e gratidão por terem me dado a oportunidade de entender um pouco sobre seu cotidiano. Não há uso comercial das fotos. Elas farão mais sentido se os demais posts sobre minha viagem ao Japão tiverem sido lidos. Li que nem todos usam máscaras cirúrgicas por motivo de…

20 – Ah, os sapatos japoneses

Achei muito curioso o jeito de pisar e andar com os pés “pra dentro”, dos japoneses. Ouvi dizer que as mulheres fazem isto por considerar charmoso. Minha teoria ( adoro inventar teorias) é que o fato de sentarem, no chão, sobre as pernas e com os pé para dentro ( veja minha foto ), forma…

21 – Tokyo- Comer, rezar, jogar

Acordamos cedo para ir tomar um café da manhã à moda local. Fomos pelas ruas calmas de Shibuya mas estranhamos que já havia algum movimento de gente, na maioria jovem, para um sábado de manhã. Logo descobrimos que eram frequentadores dos salões de Pachinko, um jogo de azar antigo que foi refeito usando recursos tecnológicos…


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